Dados do Trabalho


Título

DOENÇA DE COATS: DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

Objetivo

Relatar o diagnóstico e tratamento de um caso de Doença de Coats.

Relato do Caso

Menor, 06 anos, masculino, com história de estrabismo há 2 meses e sem cirurgias, traumas oculares ou história familiar de doença oftalmológica. Os pais referiram que o menor geralmente dorme em decúbito lateral (DL) esquerdo. Sua melhor acuidade visual em olho direto (OD) foi 20/ 400 e em olho esquerdo 20/20 com ausência de alterações do segmento anterior. Ao mapeamento de retina, OD apresentou extenso acúmulo de exsudatos duros em região foveal com dilatações vasculares telangiectásicas em periferia retiniana temporal compatível com Doença de Coats estágio 2B (fig 1). O OE não apresentou alterações significantes. A tomografia de coerência óptica (OCT) mostrou extenso acúmulo hiperrefletivo na retina externa macular compatível o depósito lipídico associada a presença de cistos intra-retinianos (fig 2).
O paciente foi submetido a injeção intravítrea antiangiogênica (Aflibercept) para realização de fotocoagulação a laser da retina periférica após 3 semanas. Adicionalmente, seguindo as observações de Cunha e cols, foi orientado a manter DL direito baseado na hipótese da gravidade ajudar a migração da exsudação do polo posterior em direção a retina periférica.

Conclusão

A associação de fotocoagulação a laser, injeção intravítrea antiangiogênica e mudança de decúbito ao dormir mantendo o lado nasal do olho acometido para cima pode ser uma valiosa opção terapêutica na doença de Coats. A gravidade parece ter um importante efeito na migração da exsudação para fora do polo posterior.

Área

Retina

Autores

CAMILA BARROS CHAVEIRO, TALITA MACHADO GOULART, MARCELUS SILVA BAPTISTA, JOÃO CARLOS DINIZ ARRAES