Dados do Trabalho

Título

ANOMALIAS CONGENITAS OCULARES EM NASCIDOS VIVOS: PANORAMA NACIONAL DE UMA DECADA (2010-2020)

Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico, a partir da incidência de anomalias congênitas oculares (ACOs) em cada período gestacional, com o objetivo de comparar em qual trimestre da gestação há uma maior frequência dessas anomalias.

Método

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Os dados foram colhidos do sistema do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), sendo descrito as anomalias ou defeitos congênitos em nascidos vivos por período gestacional entre Janeiro de 2010 e Dezembro de 2020. Foi analisado a frequência de diversas ACOs nesse período, por semana gestacional. Por se tratar de um banco de dados de domínio público, não foi necessária a submissão no Comitê de Ética e Pesquisa.

Resultado

Foram descritas um total de 3368 anomalias congênitas oculares em nascidos vivos durante o período estudado. Foram descritas um total de 59 malformações. Destas, 0,385% apresentaram-se em nascimentos com menos de 22 semanas, 3,295% entre 22 a 27 semanas , 5,225% nos nascidos com 28 a 31 semanas, 25,83% de 32 a 36 semanas, 62,20% entre 37 a 41 semanas, e apenas 1,365% com mais do que 42 semanas. Não houve descrição em cerca de 1,7%. Acerca dos defeitos congênitos analisados, os menos prevalentes foram malformações congênitas do humor vítreo (0,089%) e Coloboma do cristalino (0,089%). Já o mais prevalente foi o grupo das malformações congênitas da pálpebra (24,46%), com incidência maior no período entre 37 a 41 semanas (63,22%).

Conclusão

As malformações congênitas podem ser compreendidas como alterações no desenvolvimento morfológico, estrutural, funcional ou molecular do embrião. Dentre as ACOs, aquelas relacionadas ao sistema visual são de grande importância, uma vez que a maioria causa prejuízos de grande impacto ao indivíduo. Neste estudo nota-se uma maior frequência de ACOs no período gestacional entre a 37 a 41 semanas.

Arquivos

Área

Oftalmopediatria